Essa firmeza de espírito que nos permite enfrentar situações emocionalmente ou moralmente difíceis, essa determinação para dizer sim enquanto muitos diriam não, a nossa habilidade para confrontar o medo do novo, do diferente e do inesperado.
Quando estou em sala de aula, sempre convido os participantes de minhas palestras e seminários a refletirem sobre suas escolhas profissionais, e uma enorme alegria toma conta de mim quando algum deles me diz: “Eu tive coragem de mudar”.
Quem disse essa frase mais recentemente foi a Valéria, estudante de Gestão de Recursos Humanos, uma estudante que abriu mão de seu posto como profissional da área da saúde para encarar o desafio de começar de novo.
Começar do zero, deixar um trabalho estável, um cenário de estabilidade financeira, pareceu para muitos familiares e amigos um grande sintoma de loucura, para Valéria foi um sintoma de libertação. Ela não estava deixando para trás o conforto e essa suposta estabilidade que sua primeira profissão lhe deu, ela estava seguindo em frente rumo a uma escolha que representava seu desejo de felicidade profissional.
Sem coragem essa mudança não seria possível. Valéria, em minha modesta opinião, representa a mais pura definição de coragem – a disposição nobre do coração – uma disposição honesta e franca para não negar e nem fugir dos chamados que recebemos de nossa missão de vida.
Disposição nobre do coração para descobrir que podemos ser ainda mais felizes e realizados promovendo pequenas ou grandes mudanças em nossas vidas: começar um novo curso, mudar de emprego, mudar de trabalho, mudar de atividade, redescobrir o sentido do trabalho que, muitas vezes, está completamente escravizado pela estabilidade financeira.